Os cristãos deveriam saudar um ao outro ?
De que modo os cristãos deveriam
saudar um ao outro ?
Ora, o
próprio Senhor da paz vos dê paz sempre e de toda maneira. O Senhor seja com
todos vós.
Esta saudação
é de próprio punho, de Paulo, o que é o sinal em cada epístola; assim escrevo.
A graça de
nosso Senhor Jesus Cristo seja com todos vós. II Tessalonicenses 3: 16-18
“Graça e Paz”
era a identificação e saudação de Paulo para com os irmãos em Cristo.
Na
humanidade, desde tempos remotos, existiu a necessidade de identificação entre
e nos grupos sociais. Vestimentas, aparências, gestos, sinais, tatuagens e as
saudações eram usadas nesse intuito. O objetivo deste estudo é analisar
biblicamente e historicamente as saudações entre os cristãos.
Para
entendermos melhor, conceituaremos saudação como um conjunto de palavras,
gestos ou procedimentos usados para que uma pessoa se identifique como
participante de um determinado grupo.
Tomamos como exemplos
as saudações militares: continência, posição de sentido, etc. até os nazistas
com sua posição característica com os braços estendidos, as sociedades secretas
com seus códigos secretos de identificação e até mesmo um aperto de mão
estilizado pode identificar a pessoa como integrante de determinado grupo
Mais de 60
vezes, no Novo Testamento, os cristãos saudaram ou foram mandados saudar um ao
outro (note Atos 15:23; Romanos 16:3-16; 1 Coríntios 16:19-21; 2 Coríntios
13:12; Filipenses 4:21-22; Colossenses 4:10-15; Hebreus 13:24; 1 Pedro
5:13-14). Na maioria dos casos, não há nenhuma saudação especial dada; a idéia
é aquela de uma saudação cordial da parte dos irmãos, de uns aos outros. Mas
alguns imaginam se não haverá uma saudação especial, que os irmãos deveriam
fazer.
2. Não há
indicação de que os beijos fossem mais do que uma mera saudação. As referências
não são encontradas nas partes doutrinárias das cartas que relatam as práticas
da igreja. Os contextos não atribuem maior significado ao beijo do que o de uma
cordial saudação fraternal.
3. Se estes textos se referissem a uma prática
específica incorporada ao ritual de adoração, eles teriam dito o beijo santo,
assim como falamos do batismo ou da ceia. Beijar como saudação entre irmãos é,
certamente, aceitável; tornar certo tipo de beijo uma rígida doutrina ou ato de
adoração, não é.
Outras vezes, é usada como um modo de
identificar o verdadeiro "fiel". Mas, de fato, houve muitas frases
usadas pelos cristãos do primeiro século, quando se encontravam e expressavam o
desejo para o bem-estar do outro (note os textos citados acima). É claro que
não é errado desejar sinceramente a um irmão que sinta a paz de Cristo, mas não
devemos nunca impor uma forma específica de saudação.
Saudações são
simplesmente isso: saudações. E, entre irmãos, deverão ser o reflexo sincero do
amor e do cuidado que os verdadeiros discípulos compartilham.-por Gary Fisher
Nenhum comentário