Os Anjos são numerosos
Os Anjos são numerosos
A alusão ao número dos anjos é um dos superlativos
da Bíblia. Eles foram descritos em multidões “que os homens não podem contar”.
Temos razões para concluir que há tantos seres espirituais em existência
quantos seres humanos vão existir em toda a história da Terra. É significativo
que a frase “o exército do céu” descreve tanto as estrelas materiais quanto os
anjos, sendo que ambos não podem ser contados (Gn 15.5).
Vale a citação do Dr.
Cooke com a sua lista de testemunho bíblico sobre o número dos anjos: “Veja o
que diz Macaias: “Vi o Senhor assentado no seu trono, e todo o exército do céu
estava junto a ele, à sua direita e à sua esquerda” (1Rs 22.19). Ouça o que diz
Davi: “Os anjos de Deus são vinte mil, sim milhares de milhares” (SI 68.17).
Eliseu viu um destacamento destes seres celestiais que foram enviados para sua
guarda pessoal, quando “o monte estava cheio de cavalos e carros de fogo, em
redor de Eliseu” (2Rs 6.17).
Ouça o que Daniel viu: “... milhares de milhares o
serviam, e miríade de miríade estavam diante dele...” (Dn 7.10). Eis o que os
pastores vigilantes viram e ouviram na noite do nascimento do Redentor: “...uma
multidão da milícia celestial louvando a Deus e dizendo: Glória a Deus nas
maiores alturas...” (Lc 2.13). Ouça o que diz Jesus: “... acaso pensas que não
posso rogar a meu Pai, e ele me mandaria neste momento mais de doze legiões de
anjos?” (Mt 26.53).
Veja novamente o magnífico espetáculo que João viu
e ouviu quando olhou para o mundo celestial: “Vi, e ouvi uma voz de muitos
anjos ao redor do trono, dos seres viventes e dos anciãos, cujo número era de
milhões de milhões e milhares de milhares, proclamando em grande voz. Digno é o
Cordeiro, que foi morto...” (Ap 5.11,12). Se estes números forem entendidos
literalmente, eles indicam 202 milhões, mas são apenas uma parte do exército
celestial. Contudo, é provável que estes números não tenham a intenção de indicar
qualquer quantidade exata, mas que a multidão era imensa, além do que costuma
usualmente entrar na computação humana. Por isso lemos, em Hb 12.22, não sobre
um número definido ou limitado, embora grande, mas de “incontáveis hostes de
anjos”.
“Enquanto os anjos, sendo maiores em força e poder
não pronunciam contra eles juízo blasfemo diante do Senhor” (2Pe 2.11), estes
seres celestiais, já contam na presente Era com a felicidade da vida última,
isto é, são seres imortais (Lc 20.36). Esta capacidade a eles imposta, lhes dá
a condição de serem superiores aos homens que são seres mortais.
Inferiores a Cristo
“Ainda que por um pouco de tempo, Jesus fora feito
um pouco menor do que os anjos, por causa da paixão e morte” (Sl 8.5; Hb 2.9).
Quanto à pessoa de nosso Senhor Jesus Cristo, os anjos são inferiores a Ele em
dois pontos.
a) Os Anjos são criaturas.
Os anjos são “criaturas” de Deus, ainda que chamados “filhos de Deus”, contudo,
não têm em si a condição original peculiar ao Senhor Jesus. O escritor aos
Hebreus, salienta: “... feito Jesus tanto mais excelente do que os anjos,
quanto herdou mais excelente nome do que eles...” (Hb 1.4).
b) Os Anjos são adoradores.
Em razão da adoração, os anjos são inferiores a Cristo; eles são adoradores,
enquanto que Cristo é adorado! Isto é depreendido nas próprias palavras do
Criador: “... e todos os anjos de Deus o adorem” (Hb 1.6b). Este direito
inerente ao Filho de Deus o coloca acima deles.
As Escrituras dizem que os anjos são seres
superiores em força e poder aos homens: contudo, jamais em hipótese alguma,
eles aceitam adoração; em lugar de os anjos serem objeto de adoração, eles são
súditos que adoram Jesus Cristo. O apóstolo Paulo advertiu: “Ninguém vos domine
a seu bel-prazer com pretexto de humildade e culto dos anjos...” (CI 2.18a). E
no Apocalipse (19.10; 22.9) João é advertido pelo próprio ser angelical:
“...Olha não faças tal, porque eu sou conservo teu e de teus irmãos, dos
profetas, e dos que guardam as palavras deste livro. Adora a Deus”.
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