Pregador humorista, Pregador “de congresso,
Pregador humorista, Pregador “de Congresso,
Pregador humorista. Diverte muito o seu público-alvo. Tem habilidade para contar fatos anedóticos (ou piadas mesmo) e fazer imitações. Ele é como famosos humoristas do gênero stand-up comedy. De vez em quando cita versículos. Mas os seus admiradores não estão interessados em ouvir citações bíblicas. Isso, para eles, é secundário.
Pregador “de vigília”. Também é conhecido como pregador do
reteté. Aparenta ter muita espiritualidade, mas em geral não gosta da Bíblia,
principalmente por causa de 1 Coríntios 14, especialmente os versículos 37 e
40: “Se alguém cuida ser espiritual, reconheça que as coisas que vos escrevo
são mandamentos do Senhor… faça-se tudo decentemente e com ordem”.
Quando ele vê alguém manejando bem a Palavra da verdade (2 Tm 2.15), considera-o frio e sem unção. Ignora que o expoente que agrada a Deus precisa crescer na graça e no conhecimento (2 Pe 3.18; Jo 1.14; Mt 22.29). Seu público parece embriagado e é capaz de fazer tudo o que ele mandar.
Quando ele vê alguém manejando bem a Palavra da verdade (2 Tm 2.15), considera-o frio e sem unção. Ignora que o expoente que agrada a Deus precisa crescer na graça e no conhecimento (2 Pe 3.18; Jo 1.14; Mt 22.29). Seu público parece embriagado e é capaz de fazer tudo o que ele mandar.
Pregador “de congresso”. Entre aspas porque existe o
pregador de congresso que faz jus ao título. Mas o pregador “de congresso” anda
de mãos dadas com o pregador “de vigília”, mas é mais famoso. Segundo os
admiradores dessa modalidade de pregação, trata-se do pregador que tem presença
de palco e muita “unção”. Também conhecido como pregador malabarista ou
animador de auditórios, fica o tempo todo mandando o seu público repetir isso e
aquilo, apertar a mão do irmão ao lado, beliscá-lo… Se for preciso, gira o
paletó sobre a cabeça, joga-o no chão, esgoela-se, sopra o microfone, emite
sons de metralhadora, faz gestos que lembram golpes de artes marciais…
Exposição bíblica, mesmo, quase nada!
Pregador “de congresso” agressivo. É aquele que tem as
mesmas características do pregador acima,
mas com uma “qualidade” a mais.
Quando percebe que há no púlpito alguém que não repete os seus bordões, passa a
atacá-lo indiretamente. Suas principais provocações são: “Tem obreiro com cara
de delegado”, “Hoje a sua máscara vai cair, fariseu”, “Você tem cara amarrada,
mas você é minoria”. Estas frases levam o seu fanático público ao delírio, e
ele se satisfaz em atacar as pessoas que não concordam com a sua postura
espalhafatosa.
Pregador popstar. Seu pregador-modelo é o show-man Benny
Hinn, e não o Senhor Jesus. É um tipo de pregador admirado por milhares de
pessoas. Já superou o pregador de congresso. É um verdadeiro artista. Veste-se
como um astro; sua roupa é reluzente. Ele, em si, chama mais a atenção que a
sua pregação. É hábil em fazer o seu público abrir a carteira. Seus
admiradores, verdadeiros fãs, são capazes de dar a vida pelo seu
pregador-ídolo. Eles não se importam com as heresias e modismos dele. Trata-se
de um público que supervaloriza o carisma, em detrimento do caráter.
Pregador “ungido”. Para impressionar o seu público, derrama
óleo sobre a própria cabeça ou pede para seus auxiliares fazerem isso. Um
desses pregadores pediu, recentemente, para sua equipe derramar doze jarras de
azeite em sua cabeça! E o terno? Ah, isso não importa. Somente os fariseus se
preocupam com desperdício. Para os fãs desse tipo de pregador tudo atos
pretensamente proféticos valem muito mais que uma simples exposição bíblica…
Pregador milagreiro. Também tem como paradigma Benny Hinn,
mas consegue superar o seu ídolo. Sua exegese é sofrível. Baseia-se, por
exemplo, em 1 Coríntios 1.25, para pregar sobre “a unção da loucura de Deus”.
Cativa e domina o seu público, que, aliás, não está interessado em ouvir uma
exposição bíblica. O que mais deseja é ver sinais, como pessoas lançadas ao
chão supostamente pelo poder de Deus e fenômenos controversos. Em geral, o
pregador milagreiro, além de ilusionista e “poderoso” (Dt 13.1-4), é aético e
sem educação. Mesmo assim, ainda que xingue ou ameace os que se opõem às suas
sandices e invencionices, o seu público é fiel e sempre diz “aleluia”.
Pregador mercantilista. Todas as suas mensagens têm como
meta induzir o seu público a dar dinheiro. Esse tipo de pregador existe desde
os tempos dos apóstolos (2 Co 2.17; 2 Pe 2.1-3) e, na atualidade, aparece
bastante na televisão. Alguns pregadores mercantilistas pertencem também à
categoria popstar. Qualquer passagem bíblica pode ser usada a bel-prazer, a fim
de atender aos seus propósitos. Isaque é a “melhor oferta financeira”,
jumentinho que Jesus montou é “BMW”. E assim por diante.
Pregador contador de histórias. Conta histórias como
ninguém, mas não respeita as narrativas bíblicas, acrescentando-lhes pormenores
que comprometem a sã doutrina. Costuma contextualizar o texto sagrado ao
extremo. Ouvi certa vez um famoso pregador dizendo: “Absalão, com os seus
longos cabelos, montou na sua motoca e vruuum…” Seu público — diferentemente
dos bereanos, que examinavam “cada dia nas Escrituras se estas coisas eram
assim” (At 17.11) — recebe de bom grado histórias extrabíblicas e antibíblicas.
Pregador cantante. Indeciso quanto à sua chamada. Costuma
cantar dois ou três hinos (hinos?) antes da pregação e outro no meio dela. Ao
final, canta mais um. Seu público gosta dessa “versatilidade” e comemora: “Esse
irmão é uma bênção! Prega e canta”. Na verdade, ele não faz nenhuma das duas
coisas bem.
Pregador “massagista”. É hábil em dizer palavras que
massageiam os egos e agradam os ouvidos (2 Tm 4.1-5). Procura agradar a todos
porque a sua principal motivação é o dinheiro. Ele não tem outra mensagem, a
não ser “vitória”, principalmente a financeira. Talvez seja o tipo de pregador
com maior público, ao lado dos pregadores humorista, popstar, mercantilista e
milagreiro.
Pregador sem graça. É aquele que não tem a graça de Deus (At
4.33). É um pregador bem suado, e não necessariamente abençoado. Sua pregação,
literalmente sem graça, é como uma espada: comprida e chata (maçante, enfadonha).
Mas até esse tipo de pregador tem o seu público, formado pelos irmãos que
gostam de dormir ou conversar durante a pregação.
Pregador chamado por Deus (1 Tm 2.7). Prega a Palavra de
Deus com verdade. Estuda a Bíblia diariamente. Ora. Jejua. É verdadeiramente
espiritual. Tem compromisso com o Deus da Palavra e com a Palavra de Deus. Seu
paradigma é o Senhor Jesus Cristo, o maior pregador que já andou na terra. Ele
não prega para agradar ou agredir pessoas, e sim para cumprir o seu chamado.
Seu público — que não é a maioria, posto que são poucos os fiéis (Sl 12.1;
101.6) — sabe que ele é um profeta de Deus. Sua mensagem é Cristo (1 Co
1.22,23; 2.1-5). Esse tipo de pregador está em falta em nossos dias, mas não
chama muito a atenção das agências de pregadores. A bem da verdade, estas sabem
que nunca poderão contar com ele…
Qual é a sua modalidade preferida, prezado leitor? Você
pertence a qual público? E você, pregador, qual dos perfis apresentados mais
lhe agrada? Qual é a sua motivação? Você prega para agradar a Deus,
verdadeiramente, ou tem outros interesses?
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