Três Dias e Três Noites
Três Dias e Três Noites
Acreditamos que o Pai levantou Jesus Cristo dentre os mortos
depois que o Seu corpo fi cou deitado três dias e três noites na
sepultura, tornando assim possível a imortalidade ao homem
mortal. Ele, depois de tudo isso, ascendeu ao céu, onde agora se
senta ao lado direito de Deus Pai como nosso Sumo Sacerdote
e Advogado (1 Pedro 1:17-21; 3:22; Mateus 12:40; 1 Coríntios
15:53; 2 Timóteo 1:10; João 20:17; Hebreus 8:1; 12:2).
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dos seus pecados. A Sua morte foi preestabelecida pelo Pai e pelo Verbo desde a fundação do mundo como uma parte necessária da salvação da humanidade (1 Pedro 1:20). Deus, na Sua justiça soberana, misericórdia e amor, assim o fez possível para que todos os homens tenham os seus pecados perdoados (após arrependimento e fé) e sejam reconciliados com Ele pelo sangue
de Cristo como o Cordeiro de Deus (Mateus 26:28; Apocalipse 12:11).
Mas a morte de Jesus Cristo não foi o fi m de tudo isso. Somos reconciliados com Deus pela morte de Jesus, mas somos salvos pela Sua vida (Romanos 5:10). Somente através da ressurreição de Cristo para a imortalidade poderíamos ter um Salvador vivente que, como Sumo Sacerdote, intercede por nós diante do Pai (1 Timóteo 2:5; Hebreus 4:15-16; Romanos 8:26-27). Somente porque Jesus Cristo foi ressuscitado dos mortos, podem os seres humanos ter qualquer razão para acreditar no evangelho do Reino de Deus ou acreditar que poderão ser salvos da 18 Crenças Fundamentais morte eterna (1 Coríntios 15:14-19). A Sua ressurreição fornece aos humanos uma base de esperança viva, de que eles também poderão herdar a vida eterna (1 Pedro 1:3).
Jesus ofereceu tanto os factos quanto os detalhes de Sua ressurreição como o único sinal divino para a Sua geração que Ele era “mais do que Jonas” e “maior do que Salomão” e que a Sua mensagem deveria levar os seus ouvintes ao arrependimento (Mateus 12:39-42). Ele disse que fi caria três dias e três noites, um período de 72 horas (João 11:9-10; Génesis 1:5) no coração da terra (na sepultura), do mesmo jeito que Jonas fi cou três dias e três noites nas entranhas do peixe (Jonas 1:17). Num outro lugar disse que “seria morto, mas que depois de três dias ressuscitaria” (Marcos 8:31). O problema com a crença normalmente aceite a respeito da crucifi cação e da ressurreição, é que não há três dias e três noites entre a Sexta-feira de tarde e o Domingo de manhã.
Acreditamos que o peso das evidências escriturais e históricas levam a concluir que Jesus morreu na Quarta-feira de tarde, e foi rapidamente colocado no túmulo de José de Arimateia um pouco antes do pôr do sol da mesma tarde (a noite dava início ao Sábado anual, o primeiro dia dos Pães Ázimos; João 19:30-31, 42; Marcos 15:42-46) e foi ressuscitado pelo Pai um pouco antes do pôr do sol no Sábado, três dias e três noites depois de ter sido colocado na sepultura, exactamente como Ele tinha dito. Esta explicação está consistente com os detalhes descritos nas Escrituras. Ela não requer nenhum ajustamento forçado de três dias e de três noites entre a Sexta-feira à noite e o Domingo, criando especulações sobre as partes dos dias e das noites. Ela reconcilia os relatos das mulheres sobre os bálsamos, descritos em Marcos 16:1 e Lucas 23:56. No primeiro relato, as mulheres crentes obedientemente descansaram durante o tempo santo e depois compraram as especiarias. No segundo relato, as mulheres prepararam os bálsamos e depois descansaram durante o tempo santo.
Estes relatos reconciliam-se pelo entendimento de que houve dois períodos de tempo santo durante esta semana em questão. Jesus foi crucificado na Páscoa (Mateus 26:18-20; 1 Coríntios 5:7), o qual era o dia de preparação (Marcos 15:42) para o primeiro Dia Santo anual no calendário Judaico, o primeiro dia dos pães Ázimos. As mulheres esperaram até que o dia terminasse, depois compraram e prepararam os bálsamos, depois descansaram de novo no dia semanal do Sábado Crenças Fundamentais 19 de Deus, e depois, no início da manhã de Domingo, foram ao túmulo para aplicar os bálsamos no corpo de Jesus. Elas visitaram a sepultura depois dos dois dias de Sábados (plural) santos naquela semana (assim como o Grego original de Mateus 28:1 deveria ser traduzido). O Sábado anual (Dias Santos anuais também são chamados “Sábados” [Levítico 16:31; 23:24]) foi Quinta-feira, e o Sábado semanal que ocorreu no sábado, como sempre, naquela semana. Quando elas chegaram ao túmulo, Domingo de manhã cedo, acharam-no vazio e ouviram o anúncio do anjo dizendo que Jesus
estava vivo e que não estava lá (Marcos 16:6). Um volume signifi cativo de evidências históricas e escriturais apontam para 31 d.C. como o ano da Crucifi cação e da ressurreição
de Cristo. Entre essas indicações de uma crucifi cação em 31 d.C. estão o cumprimento das profecias de Daniel sobre a vinda do Messias (Daniel 9:24-26; Esdras 7 [decreto de Artaxerxes]), e uma
consideração cautelosa de três importantes acontecimentos: a data provável do nascimento de Jesus, a Sua idade quando Ele começou o Seu ministério e a duração de Seu ministério.
O calendário calculado pelos Judeus coloca a Páscoa em 31 d.C. na Quarta-feira, e a morte de Jesus Cristo naquele dia preencheu o Seu papel como o Cordeiro verdadeiro de Deus (1 Coríntios 5:7). O dia seguinte, Quinta-feira, era o Sábado (anual) santo. Naquela Quinta-feira, os chefes sacerdotes e Fariseus foram a Pilatos para terem permissão para selar e guardar a sepulcro de Jesus (Mateus 27:62-66). Mais tarde, no Domingo, o ressuscitado Jesus andava pelo caminho de Emaús e conversou com dois dos Seus discípulos, que falavam sobre todas as coisas que tinham acontecido, incluindo a visita na Quinta-feira pelos líderes a Pilatos (Lucas 24:13-14, 20). Eles mencionavam que naquele
dia, Domingo, era o terceiro dia depois que todas as coisas tinham acontecido (versículo 21).
Em conclusão, acreditamos que Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus, morreu pelos nossos pecados na Páscoa, que foi sepultado por três dias e três noites (período de 72 horas) e que foi então ressuscitado. Após a sua ressurreição e depois um período de mais contactos com os seus discípulos, ascendeu ao céu para se sentar ao lado direito do Pai, muito acima de todos em poder, glória e honra (Efésios 1:19-23).
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